18/02/2014

Ela

" Lê compulsivamente, é capaz de ler um livro num só dia. Não vive, resiste, dia pós dia, sempre a fingir ser outra que não ela. Esquece metade do dia, dormindo, dorme de noite e de manhã, para que sobre pouco tempo para pensar, enquanto está acordada. Sorri, como se uma multidão a visse, mas nunca se sentiu tão sozinha, nunca. Não fala, representa um papel, que destinou a si própria, para os enganar. A todos. Às vezes, raramente, chora. Controla o peso, como se fosse a coisa mais importante da vida, o que para ela, é verdade, nada é tão importante como a aparência."

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