23/04/2014

Respirar

Quando se interioriza o presente, quando sabemos que estamos por nossa conta e risco, sem amigos, sem dinheiro, sem família, sem ninguém para conversar ou desabafar, geralmente segue-se uma tontura, um pavor desmedido, assim uma sensação que vamos morrer. Depois respira-se fundo e passa. Vai passando, devagar. Ou de repente. Tem dias. Obriga-se a um exercício mental, a um estado de espírito mais despojado, que se agarra ao primeiro som, ao primeiro sussurro, a um murmúrio. E é esse murmúrio que nos salva de nós mesmos. A vida às vezes é tramada.

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